As gravuras da Barroca
Um afloramento de xisto da margem direita do rio Zêzere, denominado Poço do Caldeirão, acolhe a arte do período mais longo e remoto da história do Homem – o Paleolítico: trata-se de três figuras semi-naturalistas de equídeos, gravadas por picotagem, intencionalmente incompletas, como se saíssem do interior da rocha. Uma outra rocha dá uma ilusória volumetria a dois caprídeos representados em aparente confronto.
Estas figuras são datáveis entre 20.000 e 15.000 anos a. C.
A figuração de um quarto cavalo, estilisticamente semelhante à do Poço do Caldeirão, aparece também num outro afloramento, gravura identificada recentemente na margem esquerda do rio, no sítio de Costalta.
Nesta mesma margem esquerda do rio estão representados três painéis com gravuras esquemático-simbólicas,
com motivos geométricos circulares, que se enquadram cronologicamente entre o Calcolítico e a Idade do Bronze (3º e 2º milénio a. C).